O debate da identidade nacional desde a Revolução de Abril até ao presente, através do cinema português

Tiago Vieira da Silva, Moisés de Lemos Martins, Nelson Araújo

Resumo


De que maneira podemos traçar o perfil do imaginário nacional através do cinema português? A subversão ideológica após a Revolução de Abril, ao encontrar-se expressa no cinema português, permite-nos divisar um imaginário nacional instável, que reflete um país em conflito com a sua experiência histórico-cultural, que revelou dificuldades em reagir ao que podemos denominar como a contemporaneidade. Este trabalho propõe-se explorar como é que o cinema português se constitui um instrumento de análise do discurso da identidade no campo das ruturas operadas após a Revolução de Abril. Entre a memória do passado colonial e da apologia rural, clerical e corporativa do Estado Novo e o seu peso imaginário na construção do destino lusófono, e o sonho europeu da modernidade, configurado pela adesão à Comunidade Económica Europeia (1986), o cinema português vem projetando um imaginário em convalescença depois de o país se encontrar duradouramente sob o mito de uma nação orgulhosamente só. A presente reflexão ausculta as diversas possibilidades das áreas do saber convocadas para a discussão proposta, com o objetivo de desenvolver uma literacia que resposta aos desafios impostos. Deste modo, pretendemos interrogar o lugar do cinema português no debate da identidade nacional à luz da interdisciplinaridade, estabelecendo os vários pontos de intersecção que nos permitam aprofundar e desenvolver a problemática.

Palavras-chave


cinema português; contemporaneidade; Europa; identidade nacional; lusofonia

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho