O cartaz camaleónico e interativo noutras geografias, num poema de Corsino Fortes

Francisco Mesquita, Eduardo Zilles Borba

Resumo


O cartaz tradicional caracteriza-se por emitir uma só mensagem durante o seu ciclo de exposição. Esta característica de imutabilidade da mensagem a transmitir, pela não alteração dos elementos gráficos significantes – pontos, linhas, textos, cor, entre outros –, definiu ao longo das décadas a comunicação visual. Porém, o surgimento de materiais inteligentes, nomeadamente ao nível dos pigmentos (cor), conferiu à comunicação gráfica novas amplitudes. A possibilidade de interatividade, ausente no cartaz tradicional, torna-se possível com estes materiais, conferindo ao cartaz uma nova dimensão. Dito por outras palavras, o cartaz passa a poder emitir não uma só mas várias mensagens, de acordo com determinados factores ambientais, tais como o calor e os raios ultravioletas.
O que acontece com esta tipologia de cartaz, que denominamos de cartaz camaleónico, é que os seus elementos gráficos sofrem mutações cromáticas e, desta forma, conferem novos significados ao objecto gráfico. Tal é possível devido à utilização de pigmentos microencapsulados, capazes de reagirem a impulsos exteriores e alterarem a sua configuração em termos cromáticos.
Pegando nos poemas “Proposição” e “Pecado Original” de Corsino Fortes, que aqui nos serve como fonte inspiradora e de mensagem linguística, desenhamos e produzimos um cartaz camaleónico por poema. Pretende-se, por um lado, evidenciar as características interativas do cartaz e, por outro, relevar as várias camadas de leitura que podemos obter na leitura do poema.

Palavras-chave


Cartaz; interactividade; poesia; Corsino Fortes

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho