O enquadramento jornalístico e a construção de identidades: a Europa e os refugiados

Rafael Mangana

Resumo


Portugal foi por tradição e ao longo de décadas um país eminentemente emigrante. Esta tendência tem-se, no entanto, vindo a alterar, com um aumento do número de indivíduos provenientes de outros países. Com o avançar do século XXI, a propensão para a deslocação de pessoas de outras nacionalidades para o nosso país – fruto também de uma cada vez maior abertura de fronteiras – tem-se vindo cada vez mais a verificar. Com o clima atual de insegurança, principalmente no Norte de África e Médio Oriente, potenciado pelo crescimento exponencial do terrorismo associado ao denominado Estado Islâmico, muitos milhares de pessoas viram-se forçados a fugir para a Europa. Ainda que em menor escala, Portugal não foi exceção e tem recebido alguns refugiados. Ora, este é um tema que se constitui, desde logo, como sendo de especial interesse jornalístico por parte dos média.
É neste contexto que tentaremos refletir e encontrar respostas a algumas questões, que giram em torno da forma como os média constroem, ou não, a realidade, enquadram ou recriam contextos, apresentando ideias associadas a preconceitos, numa realidade que poderá ser, eventualmente, estereotipada.

Palavras-chave


Framing; identidades; refugiados

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Universidade do Minho