Modelos cognitivos da lusofonia: romantismo e racionalismo nas políticas de língua e comunicação de unidade/diversidade do português europeu e brasileiro

Augusto Soares da Silva

Resumo


Pensamos sobre a realidade social em termos de modelos cognitivos e culturais e, consequentemente, utilizamos estes modelos para categorizar e avaliar a variação linguística. Neste estudo, analisaremos os modelos cognitivos e culturais subjacentes às perceções e atitudes relativamente às variedades europeia e brasileira do português. Emergindo necessariamente no discurso, esses modelos serão estudados com base num corpus de debates sobre políticas de língua e comunicação, normatização linguística e lusofonia. Identificaremos modelos românticos e modelos racionalistas, tanto de convergência como de divergência entre as duas variedades nacionais, que estão na base de atitudes puristas e pró-independentistas face ao português como língua pluricêntrica. O modelo racionalista vê a norma padrão como meio de participação social, ao passo que o modelo romântico olha para a língua padrão como meio de discriminação de identidades. Discutiremos a influência destas ideologias românticas e racionalistas no pluricentrismo do português e na lusofonia.

Palavras-chave


lusofonia; pluricentrismo; políticas de língua e comunicação; modelos cognitivos

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho