Feminismo online em Portugal: um mapeamento do ativismo no Facebook

Lidia Marôpo, Marisa Torres da Silva, Mara Magalhães

Resumo


O objetivo deste artigo consiste em mapear o ativismo feminista online em Portugal, nomeadamente a forma como tem utilizado o Facebook para promover a sua causa. Realizámos, para tal, um estudo exploratório quantitativo de 47 páginas que abordam temáticas ligadas à causa feminista, através da aplicação Netvizz. Analisando a proveniência das páginas, as temáticas e conteúdos publicados, os seguidores e a média de interações em 2016, concluímos que, apesar do número significativo de páginas que promovem a disseminação de ideias e a discussão pública em torno dos direitos das mulheres, a sua popularidade é maioritariamente limitada (39 páginas têm menos de 5 mil seguidores) e o nível de engagement dos seguidores é baixo, demonstrando a dificuldade de projeção significativa destes movimentos. As páginas são sobretudo institucionais, especialmente associações e organizações não-governamentais, com destaque para a Capazes, um fenómeno de popularidade que reúne 57% dos seguidores do total de todas as páginas analisadas.

Palavras-chave


Feminismo; ciberativismo; Facebook; redes sociais

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho