Intervenção na primeira entrega do Prémio

Victor de Sá

Resumo


Vim a Braga expressamente para assistir a esta cerimónia.

A primeira entrega do Prémio de História Contemporânea constitui para mim – desculpem-me uma pontinha de orgulho, que não posso ocultar – um poema, aquele que nunca fiz ao longo da vida, nem mesmo quando passei pela idade da poesia.

Foi já na idade da reforma, mais exactamente há três anos e meio que vim à Universidade do Minho outorgar a escritura pública para a instituição deste Prémio. Era a realização de um sonho – o tal poema – que alimentei nos últimos anos da minha docência universitária estatal (Universidade do Porto), agora continuada em Lisboa no ensino superior cooperativo.

Vim agora a Braga imbuído de um sentimento misto de contentamento e de gratidão: contentamento – pelo tal poema feito verso (isto é, obra); gratidão – ao Conselho Cultural desta Universidade, sob a presidência do Senhor Prof. Lúcio Craveiro da Silva, a quem presto a minha pública e respeitosa homenagem, pelo muito que conseguiu em tão pouco tempo.

Uma iniciativa deste género, com o que ela tem de original no nosso meio académico e estudantil, não seria fácil de aceitar nos primeiros tempos. Conhecemos o peso da rotina e o quanto ela obsta à florescência das novidades criativas. Demais no domínio da história contemporânea, em que a objectividade exige que sejamos superiores a nós próprios.


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