O visocentrismo e a locução audiodescritiva como recurso de acessibilidade no futebol para pessoas com deficiência visual

Marcos Alexandre Sena da Silva

Resumo


Na propagada alegoria da caverna, em A República, Platão supõe um diálogo entre outros dois filósofos gregos, Sócrates e Glauco, e metaforiza o sentido da visão. Há, ao longo do capítulo, uma exaltação ao visual, como quando Sócrates correlaciona a cegueira e o conhecimento. Tem-se, assim, um crasso exemplo de visocentrismo (o predomínio do privilégio da visão). Tal cenário indica, neste sentido, a exclusão sociocultural de pessoas com deficiência visual (PcDVs) – entendimento que, em sua forma audiovisual, só vai ser modificado pela audiodescrição (AD): em sua definição mais difundida, a transformação de imagens em palavras; dito de outra forma, é um recurso tradutório intersemiótico que permite a inclusão sociocultural de pessoas cegas ou com baixa visão, em diferentes esferas da sociedade – artística, comunicacional, esportiva (por meio do futebol) etc. Nesta última, encontra-se a locução audiodescritiva, acessível, com conteúdo adaptado ao público, na busca pela equidade e pela valorização da diversidade.

Palavras-chave


visocentrismo; audiodescrição; acessibilidade

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho