Carta aos que estão a chegar

José Bragança de Miranda

Resumo


As máquinas estão a desaparecer. E como elas eram confiáveis, sempre próximas, trabalhando à medida do nosso desejo. No século XIX, Marx descobriu uma inimizade com elas que era nova, como se elas se estivessem a revoltar. Mais certa é a atitude de Clarice Lispector que lhes fez um dos últimos elogios, agradecendo à sua máquina de escrever por “correr bem e correr suavemente”: “o ruído baixo do teclado acompanha diretamente a solidão de quem escreve” (Lispector, 2013, pp. 69-70). Caso se revoltassem teriam justificação, dado o papel de escravos que lhes está destinado.

Palavras-chave


anima; máquina; homemIsto

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho