O rap italiano entre “segunda geração”, desempenho e novo protesto social
Resumo
O rap italiano tem sido caraterizado, desde o início da década de dois-mil, por novos rappers emergentes, em boa medida “mistos”, ou seja, de origens africanas, asiáticas ou latino-americanas. Eles, formando a rede G2 – “segunda geração”, enfatizaram a necessidade de uma Itália mais aberta e tolerante para com a questão da imigração, aglutinando a sua ação em volta da aprovação, por parte do Parlamento italiano, de uma nova lei sobre a cidadania, embora sem sucesso. Embora apresentando tendências diferenciadas, esta “segunda geração” colocou assuntos políticos e culturais altamente comprometidos no centro da cena rap italiana; com a ascensão política do partido da Liga do Norte e do seu líder Matteo Salvini, uma tal propensão passou a caraterizar outros colegas muito mais famosos. O rap da G2 de periférico tornou-se o mainstream do protesto do hip hop italiano, tendo como alvo principal o atual Ministro do Interior, Salvini, e como assuntos fundamentais a crítica à intolerância contra o imigrado. Usando uma metodologia qualitativa, o trabalho demonstrou que assuntos e alvos propostos pela “segunda geração” dos rappers “mistos” passaram a constituir as principais fontes de inspiração de larga parte do rap nacional, independentemente das origens étnicas dos artistas.
Palavras-chave
Identidade nacional; racismo; Salvini; imigração
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho