Distopias e utopias na participação popular em televisão: projeções e limites da representação do amador nas práticas de comunicação contemporâneas
Resumo
O artigo aborda a emergência das produções amadoras audiovisuais e sua veiculação na “mídia tradicional”. A pesquisa busca entender como o usuário, transformado em gerador/distribuidor de conteúdo desenvolve seu trabalho e tece narrativas de comunicação no contexto dos telejornais. Os objetos audiovisuais analisados neste trabalho são os quadros colaborativos “Outro Olhar” (da TV Brasil) e “Parceiro do RJ”, (Rede Globo/Rio de Janeiro). Interessa-nos, desse modo, focalizar as configurações estéticas, modos de colocação “em cena”, representações do espaço urbano e identidades, envolvidos em relações que reviram os conceitos de amadorismo, profissionalismo, participação popular e espaço urbano. A empreitada se justifica na medida em que compreendemos que o amador, enquanto “cidadão” (ou telespectador, internauta, usuário) deseja assumir a produção e autoria de espaços e produtos nos quais antes atuava apenas como audiência e/ou público. A partir de acompanhamento dos discursos que margeiam o material coletado, será possível refletir sobre a importância da produção amadora no estabelecimento de novos vínculos e potencialidades de disseminação das informações, em contraste ou reforço do discurso midiático hegemônico.
Palavras-chave
Amador; reconfiguração da comunicação; audiovisual; telejornalismo
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho