O protagonismo da mulher amazônida no cinema brasileiro regional

Luciana Miranda Costa, Raissa Lennon Nascimento Sousa

Resumo


Neste artigo se propõe analisar a construção da imagem da mulher amazônida brasileira por meio da produção cinematográfica contemporânea realizada na própria região. Para isso, foi escolhido o curta-metragem Ribeirinhos do asfalto, da diretora paraense Jorane Castro, lançado em 2011. O filme é representativo de uma fase de intensificação das produções regionais, especialmente no Pará. O roteiro apresenta a estória da jovem Deyse, que mora na ilha Combu, do outro lado do rio, isolada da cidade “grande”, Belém. Sua mãe Rosa (atriz Dira Paes), faz de tudo para que Deisy (atriz Ana Letícia) consiga melhores condições de estudo na capital paraense, afrontando, inclusive, a autoridade do marido, machista e conservadora. Com imagens de paisagens naturais amazônicas, como o rio e a floresta, e de paisagens urbanas, símbolos da cultura local, como o mercado do Ver-o-Peso, o filme questiona a realidade de muitas mulheres/mães ribeirinhas que são desassistidas pelo poder público e precisam empreender esforços pessoais para garantir a educação dos filhos e, especialmente, das filhas. Como referencial teórico de análise são utilizados, principalmente, Judith Butler (1990) e Michel Foucault (2014), com o objetivo de abordar o debate sobre gênero, poder e imagem, também presente no curta.

Palavras-chave


Gênero; Amazônia; cinema paraense; Ribeirinhos do asfalto

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Universidade do Minho