A transdução como lógica da cibercultura. Proposta de leitura do filme “A Terra como Acontecimento”

Romy Castro

Resumo


Partindo de um projeto artístico pessoal, designado “A Terra como Acontecimento”, que se aprofundou e se disseminou nas dimensões de pintura, instalação, fotografia e filme, procura-se agora, neste artigo, examinar os modos com as operações de transdução que são antitéticas de uma transposição simples ou da “expressão” de uma mesma obra segundo meios diversos. De facto, as operações transdutivas constituem a lógica profunda da cibercultura no momento contemporâneo. Apoiaremos este texto numa dupla vertente: a) a discussão dos contributos da teoria de Simondon e Deleuze, entre outros autores; b) e exemplificação através da análise do filme “A Terra como Acontecimento”, que se relaciona com o nosso trabalho pictural, desenvolvido nos últimos anos.
No caso do nosso projeto artístico, torna-se claro, que a mudança das matérias e as operações de assemblagem ou de ligações abrem novas possibilidades produtivas e inovadoras no campo artístico e estético. Neste contexto, sustentaremos que as incessantes metamorfoses dentro do mundo real ou dentro da internet, ou entre ambos, constituem no seu dinamismo e flexibilidade uma verdadeira ontologia da cultura técnica da contemporaneidade.

Palavras-chave


transdução; estética; técnica; cultura; digital-ligações

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho