Ciberfagia: a devoração do homem em função do pós-homem

Anderson Luis da Silva, Priscila A. C. Arantes

Resumo


O presente estudo pondera sobre a transferência do potencial teórico e técnico do homem aos dispositivos maquínicos de produção a partir do século XVII na sociedade ocidental. Tais questões baseiam-se na formulação da ideia de modernidade e de suas implicações na contemporaneidade. A ponderação que se segue ampara-se na etimologia dos termos e na filosofia da técnica na busca por pistas que possam indicar e delimitar os impactos da mediação tecnológica nas atividades produtivas humanas, principalmente nas que competem à obtenção e produção dos requisitos fundamentais à vida e suas implicações na autonomia humana. Descreve-se assim o entendimento dos elementos constitutivos da sapiência humana, termo que descreve cientificamente a espécie Homo sapiens, bem como, a relação do conjunto cultural inerente ao indivíduo em consonância com os meios pelos quais ele, o indivíduo, pode obter os elementos requeridos para a manutenção da vida, e de que modo a mediação tecnológica contribui para a sua dependência no que
concerne à mais elementar necessidade de um ser vivo, que é a do resguardo e conservação da vida. Este estudo ampara-se principalmente no escritos de Flusser, Ortega y Gasset, Neil Postman e Richard Sennett, e propõe um caminho para um pensar contemporâneo
sobre a condição humana.

Palavras-chave


cibercultura; pós-humanismo; técnica; tecnologia

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho