Os objetos artísticos e a integração da epopeia marítima portuguesa na identidade civilizacional europeia: uma reflexão transdisciplinar

Inês Carvalho Matos

Resumo


Um pensamento transdisciplinar conduz à introspeção das sociedades, neste caso sobre a memória coletiva afeta à “presença portuguesa no oriente” (expressão consagrada pela história da expansão portuguesa). A arte-nanban e, de modo geral, as peças conotadas com os ditos Descobrimentos portugueses têm estado presentes na reflexão sobre as macro categorias da história mundial, passando a primeira modernidade a ser considerada como a primeira globalização. Os artefactos híbridos revestiram-se de leituras de transculturalidade, desconvencionalizando a carga nacionalista da epopeia marítima portuguesa de modo a facilitar a sua integração no projeto europeu de civilização à escala global. Assumindo a heterogeneidade deste grupo de peças, o seu estudo abre portas para reinterpretar os objetivos implicados na produção de um discurso que ultrapassa largamente os próprios objetos expostos, estendendo-se para o campo da museologia, da cultura visual (através de arquétipos iconográficos) e até das artes gráficas e branding.

Palavras-chave


Arte-nanban; identidade; memória; cultura visual

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho