Internacionalização, desafios, delimitações e efeitos perversos

José Manuel Paquete de Oliveira

Resumo


A condição de cidadãos do espaço ibero-americano deve servir de suficiente motivação para nos valermos perante o mundo. Pleno de contradições, negações, é certo, mas no quadro de permanentes reivindicações de especificidade cultural e linguística. Tal desafio passará naturalmente pelo cumprimento da internacionalização de instituições, saberes, de investigadores, enfim, de uma cultura. Parto por isso convencido de que a internacionalização não pode resultar do tradicional axioma de que a ciência não tem pátria. A abertura à cultura exterior resultará, portanto, do intercâmbio de estudantes e docentes, da disponibilização de bases de dados e fomento de publicações e ainda da integração de equipas de investigadores na contínua resposta a desafios comunicativos e sociais numa escala local e regional.
Para cumprir este importante desafio, será de reforçar o estádio de maturidade que corresponde à afirmação do trabalho feito pelos nossos centros de investigação, pelas nossas universidades, associações e unidades de pesquisa, que são permanentemente "atacados" pelas lógicas economicistas, da escassez de fontes de financiamento para a investigação, eixos determinantes para ao desenvolvimento deste contexto que reúne cerca de 329 milhões de língua espanhola, a segunda falada no mundo, e de 250 milhões de língua portuguesa.

Palavras-chave


internacionalização; delimitações; efeitos perversos; lusofonia; investigação; ensino

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho