Miguel Esteves Cardoso – desacordando a ortografia, defendendo a lusofonia

Maria Filomena Barradas

Resumo


Refletindo sobre vários tópicos, Miguel Esteves Cardoso ganhou visibilidade, ainda durante as décadas de 80 e 90 do século passado, sobretudo graças às crónicas que publicou nos semanários Expresso e O Independente, do qual foi também diretor. A rápida reunião em volume desses textos garantiu que eles não caíssem no olvido, permitindo ao leitor atual confrontar-se com uma visão acerca da identidade portuguesa que é, em simultâneo, conservadora, divertida e disruptiva.
Crendo que Miguel Esteves Cardoso é um dos mais originais pensadores contemporâneos da portugalidade, a sua perspetiva relativamente à lusofonia não pode ser desprezada. Nunca negando que a língua é património comum entre Portugal e os territórios outrora colonizados, Esteves Cardoso manifestará a sua desconfiança relativamente ao projeto do Acordo Ortográfico, desde que ele começa a ser delineado. No entanto, como se procurará mostrar, tal ceticismo configura uma forma de defesa da língua e da sua diversidade.

Palavras-chave


Língua portuguesa; Acordo Ortográfico; Pós-colonialismo

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho