Ensaio sobre diagnóstico por imagem: em tempos de novas tecnologias e informação

Wilda Soares Lemos, Rafael Soares Lemos, Thiago Vilela Lemos

Resumo


A evolução tecnológica facilitou a produção e o acesso à informação. Por isso, a informação atualizada tornou-se fator de sobrevivência em qualquer área. Para o indivíduo, a informação contribui para maior conhecimento e ações mais eficazes. Para as organizações, a informação contribui para o aumento da produtividade e consequentemente do lucro. A área da saúde também foi beneficiada com informações que contribuíram para diagnósticos mais confiáveis que prolongaram e aumentaram a qualidade de vida do ser humano. Para Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento pode ser entendido como a interação entre dois tipos: o conhecimento explícito e o conhecimento tácito. O conhecimento tácito é o verdadeiro conhecimento, pois é desenvolvido durante anos, nas experiências, crenças e intuições acumuladas pelas pessoas durante toda a vida. Esse conhecimento precisa ser disseminado, isto é, tornar-se explícito, virar informação disponível; para que isso ocorra, o contato direto com as pessoas que o detêm é essencial. Atualmente, existe uma grande dependência dos profissionais da saúde em relação às informações para soluções de problemas orgânicos. Na Radiologia, o conhecimento atualizado é uma exigência devido à inovação tecnológica, exigindo do profissional a busca constante pela informação. A informação (explícito) e a experiência profissional (tácito) são de fundamental importância da prática desta especialidade médica assim como em todas as outras, o que é bem enfatizado por Ahuja & Evans (2000). A necessidade da constante atualização pessoal e de maior eficiência estimulou a dissociação de conhecimento entre diversas subespecialidades. Na área médica, esta dissociação trouxe vantagens e desvantagens para o sucesso do tratamento dos pacientes. Como
vantagem, observou-se o aumento do conhecimento “tácito” do profissional, como desvantagem, o médico perdeu a visão holística do paciente. Gunderman (2006) comenta que o radiologista sem informações, por meio de discussões, sobre o paciente faz da analise radiológica uma “expedição de pesca’’, deixando o profissional procurar algo sem saber o que o paciente sente ou pensa. O objetivo do artigo é discutir, em tempos de novas tecnologias e informações, o Diagnóstico por Imagem, considerando a espiral do conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997) e da aprendizagem de 1ª e 2ª ordem proposta por Argyris (1999).

Palavras-chave


Informação; conhecimento; radiologia; tempo; decisão

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho