Hidráulica mineira na época romana

Carla Maria Braz Martins

Resumo


O poder de uma civilização reside no controle dos bens económicos essenciais à subsistência da mesma, e desde sempre a necessidade de assegurar os recursos hídricos foi sinónimo de poder. Sobre a importância dos mesmos bastará ter em conta que o corpo humano, «em condições ditas normais», é capaz de resistir à falta de comida durante cerca de 30 a 40 dias, mas somente cerca de 5 dias à falta de água (Lúcia, 2003). De facto, a água encontra-se presente no quotidiano das pessoas, no uso doméstico, na higiene pública e privada, na indústria, na agricultura, nos espetáculos lúdicos (naumaquias), e até mesmo na música (Litaudon, 2004: 71).

A civilização romana foi por excelência uma civilização da água. As grandes obras hidráulicas estão bem presentes em todo o vasto Império Romano, como sejam as termas e os aquedutos. No entanto, aquae ductus na sua verdadeira aceção não se refere à obra presencial de arquitetura e engenharia, mas sim ao sistema complexo e completo de abastecimento de água, desde a sua captação numa nascente, cuidadosamente escolhida, até ao transporte e posterior distribuição (López-Boado, 2005: 57).


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