À Mesa com os Monges Bernardos: contributos para o estudo dos regimes alimentares nas ordens monásticas regulares

Salvador Magalhães Mota

Resumo


Os testemunhos por nós utilizados para a feitura da presente comunicação foram os Livros das Definições e das Leis que se fizeram em Reuniões dos Capítulos Gerais, Juntas Gerais e Definitório da Congregação de Sta. Maria de Alcobaça da Ordem de S. Bernardo fundada, como se sabe, em Outubro de 1567. Trata-se, de um conjunto de 7 livros manuscritos existentes na Secção Monástica Conventual do Arquivo Distrital de Braga bem conservados, abrangendo um período lato que vai de finais do séc. XVI a XIX[1]. Como as designações deixam antever são decisões de natureza espiritual e temporal tomadas ao nível dos principais órgãos visando dar soluções a problemas que se colocavam, regularmente, ao funcionamento das diversas casas religiosas cistercienses. Fonte insuspeita por que não dirigida ao conhecimento do público, mas apenas, aos seus religiosos e (as). Cabia aos abades e às abadessas conventuais eleitas, trienalmente, cumpri-las e fazê-las cumprir visando o bom andamento dos seus cenóbios, impondo-se penalizações para os prevericadores. Tivemos, também, em consideração nesta análise os livros da bolsaria, ou seja, de receitas e despesas, do Mosteiro de Santa Maria de Bouro, uma grande casa cisterciense localizada em Amares e umas das maiores do Entre Douro e Minho, objecto de estudo do nosso doutoramento.


[1] Cf. ARAÚJO, António de Sousa; SILVA, Armando B. Malheiro da – Inventário do fundo Monástico– Conventual. Braga: Arquivo Distrital de Braga / Universidade do Minho, 1985. p. 428.


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