Da panela ao prato: o universo cerâmico dos beneditinos

Aida Mata

Resumo


Memória colectiva de longa duração, o mosteiro de São Martinho de Tibães exigia em 1986, data do seu resgate patrimonial, um entendimento, um conhecimento, uma interpretação. Numa intenção clara de documentar o mosteiro e conhecer o Homem que o habitou, começámos a trabalhar as fontes documentais e os trabalhos historiográficos sobre o mosteiro de Tibães e o seu território e a congregação beneditina portuguesa. Com uma metodologia de diálogo chamámos quem sabia e nos podia acompanhar a descobrir e a salvaguardar a informação contida no monumento. É neste diálogo interdisciplinar que aparece, entre outras especialidades, em 1992, a arqueologia e, consequentemente, um projecto de estudo arqueológico começa a ganhar forma. A sua realização, sob a direcção técnica e científica do arqueólogo Luís Fontes, foi cometido à Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. Mais que a identificação das ruínas e a recolha de espólio, pretendia-se a produção de informação que não só nos permitisse conhecer e interpretar o processo construtivo dos vários edificados que, ao longo dos séculos, foi sendo construído e reconstruído em Tibães e informasse os projectos da ampla intervenção integrada de restauro, recuperação e reabilitação em curso, mas que também fosse instrumento e garantia da salvaguarda e preservação dos valores patrimoniais do monumento.


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