São Bento: o alimento do corpo e do espírito

Geraldo J. A. Coelho Dias

Resumo


Aqui temos um tema de real importância e significativo alcance. Serve para desenganar os iludidos da piedade, que pensam que os monges são como anjos de puro espírito e que, portanto, não comem como o resto das pessoas; mas serve, ao mesmo tempo, para alevantar os espíritos materialistas incapazes de verem e aceitarem a especificidade e singularidade dos mesmos monges que, comendo como qualquer mortal, têm obrigação de aderir e desejar o alimento espiritual da palavra de Deus, que os pode ajudar a serem santos. São Bento era um homem realista e prático, que, sempre ao longo dos capítulos da sua «Regula Monachorum», soube conservar a serenidade dum verdadeiro legislador monástico profundamente humanista. Ele sabia que os monges que, por profissão, devem ser santos, também são, naturalmente, humanos, isto é, estão sujeitos aos condicionalismos e limitações da vida quotidiana no comer e no beber.


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