Entre paz e conflito: identidades plurais e soberanias difusas

Luís Cunha

Resumo


A vontade e possibilidade de superar a conflitualidade que atravessa as sociedades humanas e que conduziu a guerras catastróficas é tema debatido desde há muito. Motivou Kant a escrever um tratado visando a paz perpétua, tal como se expressou em troca epistolar entre duas figuras cimeiras da primeira metade do século XX, Sigmund Freud e Albert Einstein, para apenas referir duas das muitas faces desse debate. Elaborados em momentos diferentes, estes contributos concretos têm a virtude de nos permitir pensar as condicionantes históricas que os balizam face a fatores estruturais que não perderam atualidade. Kant escreveu o seu tratado inspirado pela Revolução Francesa e amparado pela promessa da Razão inspiradora e redentora que o Iluminismo nascente transportava no seu ventre. Quanto a Freud e Einstein, o desafio colocado no início dos anos 1930 era o de refletir sobre as condições necessárias para evitar, sem sucesso, como se sabe, que a tragédia da I Guerra Mundial se repetisse. Em ambos os casos, são convocadas ideias e valores que permanecem relevantes para pensarmos a contemporaneidade – liberdade individual e participação cívica, vínculos políticos e ligações culturais, exercício de soberania e manifestações de fidelidade.

Palavras-chave


guerra e paz; vínculos identitários; liberdade e cidadania

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