Representações poéticas da morte nas narrativas midiáticas: A festa da menina morta

Míriam Cristina Carlos Silva

Resumo


Este artigo tem como tema as representações poéticas da morte nas narrativas midiáticas e possui como corpus de análise o filme brasileiro A festa da menina morta (2008), dirigido por Matheus Nachtergaele. Partindo das relações entre a Comunicação e a Cultura, ampara-se teoricamente em autores como Flusser, Marcondes Filho, Baitello Júnior (para os conceitos de comunicação, incomunicabilidade e mídia); Morin, Dravet, Castro e Silva (para a comunicação poética); Benjamin e Silva (para as narrativas); Flusser e Morin (para a morte como fundamento da cultura). Com a análise dos aspectos poéticos encontrados na narrativa fílmica, discutimos a possibilidade de uma comunicação poética como forma de representação/construção complexa do fenômeno da morte. Conclui-se sobre o naturalismo da narrativa como produtor de uma poética do incômodo, que traz à tona a entropia da natureza e o fenômeno da morte, único elo de comunicabilidade entre os personagens, como transmutação do trágico em sagrado.

Palavras-chave


Incomunicabilidade; comunicação como artifício; representações poéticas da morte; A festa da menina morta

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho