O destino pós-humano em Stelarc e Masahiro Mori

António Machuco Rosa

Resumo


Neste artigo são apresentadas as conceções sobre o pós-humanismo do artista Stelarc e do cientistas da área da robótica Masahiro Mori. Em ambos os casos, realça-se a importância do desejo. Através de uma análise de alguns dos seus projetos, mostra-se como a obra de Stelarc traduz uma situação individual e coletiva de crise, a qual se traduz na criação de figuras monstruosas, decorrendo da natureza dos duplos. Mostra-se como essa crise conduz à recondução do humano a um estado de indiferença e automatismo que anuncia literalmente a morte, pensada como uma condição pós-humana. De seguida, mostra-se como o conceito de “Uncanny Valley” proposto por Mori representa uma perspetiva completamente oposta sobre a condição pós-humana, salientando-se a diferença entre os robôs e os humanos. Enquanto em Stelarc o pós-humanismo representa a destruição do humano, em Mori ele é antes uma sublimação que pode ser antecipada na personagem do Buda.

Palavras-chave


Desejo; Masahiro Mori; pós-humanismo; Stelarc

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho