Televisão e democracia em Cabo Verde: Entre a expectativa da cidadania e as investidas políticas

Silvino Lopes Évora, Helena Sousa

Resumo


Apesar do fim do monopólio da televisão estatal em Cabo Verde estar previsto desde 1992, foi apenas no final de 2006 que esta ideia política se materializou.A abertura da televisão à iniciativa privada foi sendo sistematicamente adida pelas autoridades e foi a forte pressão da das empresas interessadas em entrar no mercado e da sociedade civil que tornou este desenvolvimento inevitável. Neste artigo, procura explicar-se um conjunto de factores que contribuiram para esta decisão política e examina-se as principais dinâmicas do sistema mediático cabo-verdiano e respectivas conexões com o sistema social mais amplo. Este texto aborda o aparecimento da primeira estação privada oficial que, à margem das determinações legais, recebeu uma licença provisória até à abertura do concurso no qual participou e examina as conexões que os projectos televisivos concorrentes têm com os principais partidos políticos, numa tentativa de iluminar a (re)organização das forças em presença e de reflectir sobre a fragilidade da liberdade de imprensa num país em consolidação democrática.

Palavras-chave


Televisão, democracia, liberdade, política, cidadania, Cabo-Verde

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Anuário Internacional de Comunicação Lusófona
ISSN 1807-9474