Angola: os brancos e a independência

Fernando Tavares Pimenta

Resumo


É para nós uma honra receber o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea, que constitui um importante estímulo para os jovens investigadores da nossa História. Queremos, por isso, agradecer à Universidade do Minho, nomeadamente ao Conselho Cultural e à Comissão Executiva do Prémio, e, simultaneamente, prestar a nossa homenagem à memória do Professor Victor de Sá, um dos mais insignes historiadores portugueses do século XX.

Falando no específico do livro premiado, Angola. Os Brancos e a Independência, importa antes de mais referir que ele constitui uma adaptação da nossa tese de doutoramento em História e Civilização apresentada ao Instituto Universitário Europeu de Florença em 2007. No cômputo geral, a obra aborda a problemática das identidades e dos comportamentos políticos dos colonos portugueses em Angola desde 1910 até 1975. Mais concretamente, o livro analisa uma forma específica de nacionalismo elaborado pela população branca de Angola durante o domínio colonial português, o nacionalismo euroafricano. O nacionalismo euro-africano foi um protesto político que exigiu a independência de Angola, definida no âmbito das suas fronteiras coloniais, e que considerou a nação angolana como o resultado do encontro das esferas europeia e africana, pelo que atribuiu aos brancos um papel dinâmico na luta pela independência e na construção do Estado-Nação. Tratou-se de um fenómeno multifacetado, cujas causas e características foram o produto da intersecção de vários factores. Vejamos quais.

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