Desportista africano ou símbolo de uma nação europeia?—Media, desporto e guerra colonial nos anos 60
Resumo
Entre os finais do século XIX e o período da sua desagregação, o colonialismo português pode ser visto como uma narrativa que vai sendo popularizada em redor de um núcleo de ideias centrais para a própria construção da identidade nacional e da ideologia nacionalista. Tendo em conta esse longo percurso da nação narrada, procede- se aqui a uma pesquisa dentro de um tempo específico — a década de 1960 —, examinando-se os discursos relevantes para a representação nacional num determinado órgão de imprensa — a revista Flama — e particularmente dentro de certos temas — a guerra colonial e o fenómeno desportivo. Argumenta-se que a articulação dos processos políticos com antigos eixos ideológicos e com o ímpeto das indústrias culturais acabou por condensar a narrativa nacional num símbolo de novo tipo, oriundo da cultura popular, mas que se enraíza em aspectos mais profundos do que a propaganda do regime salazarista.
Palavras-chave
Nação, narrativa, colonialismo, desporto, media
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho
Anuário Internacional de Comunicação Lusófona
ISSN 1807-9474