Idade Moderna

Manuela Martins, José Meireles, Luís Fontes, Maria do Carmo Ribeiro, Fernanda Magalhães, Cristina Braga

Resumo


Os inícios do século XVI anunciam uma nova etapano desenvolvimento urbanístico de Braga, associada aoarcebispado de D. Diogo de Sousa (1509-1534), que concedeu um lugar de destaque ao melhoramento das infraestruturas hidráulicas urbanas, designadamente através de novos sistemas de condução de águas, da construção de chafarizes e fontes, ou da reparação de outras já existentes. A ação de D. Diogo de Sousa pode ser vista como uma resposta às novas necessidades suscitadas, a partir doséculo XVI, pelo crescimento demográfico e económico de Braga, que exigia uma melhoria da capacidade de distribuição e drenagem das águas, mas também novos locais de aprovisionamento, tanto no interior do espaço urbano, como na sua periferia. No entanto, a necessidade de captação de água parece constituir ainda uma constante entre os séculos XVI e XVIII, pois a documentação escrita disponível dá conta, quer de sucessivos melhoramentos e ampliações realizados no sistema de captação na envolvente da cidade, quer da abertura de novos poços em diversos pontos da área urbana. Os poços eram equipamentos essencialmente de uso doméstico e privado, enquanto as fontes, lavadouros ou tanques, seriam locais de abastecimento público, ligados à água captada e transportada a partir da periferia da cidade, certamente através do reforço do sistema hidráulico implementado na Idade Média, o qual deve ter recuperado parte do anterior de origem romana.

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