Patrimónios da Água

Manuela Martins, José Meireles, Luís Fontes, Maria do Carmo Ribeiro, Fernanda Magalhães, Cristina Braga

Resumo


No âmbito do Projeto Water "Shapes". Meanings, use sand architectures of the most precious gift debruçamo-nos sobre os patrimónios associados à água que se encontram presentes na cidade de Braga e na sua envolvente, tendo sido realizado um inventário e estudo de vários monumentos preservados, bem como de elementos materiais que dão testemunho de diferentes formas de captar, gerir e usar a água, entre os finais da Proto-História(séculos II-I a.C.) e os meados do século XVIII. Apesar do concelho de Braga possuir um vasto e diversificado património ligado à água, decidimos concentrar-nos na cidade, por ser este o contexto cuja maior sedimentação histórica nos permitia uma avaliação dos diferentes modos como esse recurso foi gerido e usado ao longo dos tempos. De facto, enquanto cidade milenar fundada pelo Imperador Augusto, entre os anos 16 e 15a.C., com o nome de Bracara Augusta, Braga oferece uma rara possibilidade de viajarmos no tempo, para melhor compreendermos o modo como os sucessivos núcleos urbanos que nela se instalaram, construíram uma interação duradoura com o precioso líquido. Parte dos testemunhos que documentam o património da água na cidade de Braga são de natureza arqueológica, tendo sido identificados através das escavações realizadas desde 1976 em vários locais da cidade[13]. Muito desse património encontra-se já estudado ou em adiantada fase de estudo, estando algum dele em condições de ser visitado nos núcleos arqueológicos abertos ao público, na sua maioria sob a responsabilidade da Câmara Municipal de Braga.

 

[13]Escavações realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho,entidade responsável pelo projeto de "Estudo e Salvamento de Bracara Augusta", desde 1977 e pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga,criado em 1992.


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