A arte como metodologia de intervenção social – uma breve análise do projeto “Refúgio e arte: dormem mil cores nos meus dedos”

Priscila da Silva

Resumo


Enquanto a ordem social e econômica promove a separação, as práticas artísticas são capazes de acelerar a inclusão social, por isso, acredita-se que a arte e a educação são indissociáveis e devem ocupar um papel importante no processo de inclusão e servir como ferramenta de sociabilização contributiva à afirmação do sujeito. Esta investigação pretende pensar a arte como um método, um meio, e não um produto final, acreditando que ela tem o poder encorajador de integração à cidadania. Pretender-se-á analisar a importância da arte enquanto prática de inclusão social, pois, assim como a educação, ela tem a capacidade de encorajar o desenvolvimento individual ao mesmo tempo em que restaura a unidade social. Pensando além do campo da formação do Homem, ela também tem o poder de reinserção, num processo de aproximação e integração. Analisar-se-á ainda o percurso metodológico e as práticas artísticas utilizadas no processo educativo do projeto “Refúgio e Arte: Dormem mil cores nos meus dedos”, do Conselho Português para os Refugiados (CPR), financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian no programa PARTIS - Práticas Artísticas para a Inclusão Social. Através das artes plásticas, o projeto visa integrar cerca de 40 jovens refugiados e requerentes de asilo em Lisboa, entre os 14 e os 18 anos, que chegaram a Portugal desacompanhados de seus familiares.

Palavras-chave


Arte; inclusão social; práticas artísticas; cidadania

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho