Editorial

Porque importa saber comunicar bem o que se passa no campo da saúde

“A doença em notícia”, mais do que a designação de uma newsletter, é o título escolhido para um projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/CCI-COM/103886/2008) que visa responder a quatro questões: de que falam, com quem falam, como falam os jornais portugueses de referência, quando publicam artigos noticiosos sobre as doenças; quais as percepções dos jornalistas que acompanham o campo da saúde acerca do trabalho que fazem (valores-notícia, relação com as fontes, expectativas das audiência…); como se organizam as fontes de informação institucionais no campo da saúde; que avaliação fazem as fontes de informação especializadas em saúde do trabalho jornalístico. Nesta publicação, que queremos trimestral, fazemos um ponto de situação de parte do nosso trabalho e procuramos abrir espaços de debate entre interlocutores que, em diferentes lugares, encontram na saúde o seu campo profissional.

Trabalhar, do ponto de vista académico, a comunicação institucional e jornalística do campo da saúde é, na nossa opinião, um projeto pertinente a diversos níveis:

Porque colmata uma área onde escasseiam estudos em Portugal, pouco se sabendo sobre o trabalho jornalístico desenvolvido no âmbito das doenças em geral; pouco se conhecendo quem são e como trabalham os jornalistas especializados em saúde, pouco se percebendo como se organizam as fontes de informação deste campo.

Porque pode constituir-se como elo de ligação com estudos semelhantes desenvolvidos a nível internacional.

Porque, tendo o jornalismo da saúde um grande impacto no espaço público, é importante existir um trabalho de monitorização permanente de bases científicas, podendo esse acompanhamento fazer-se em vários patamares do processo produtivo da noticiabilidade: a montante (organização das fontes e redacções), centrado nos textos noticiosos, a jusante (os leitores, que aqui serão circunscritos aos públicos implicados nas noticias em análise: fontes especializadas em saúde).

Eis aqui uma pequena parte de um grande caminho que precisa de ser urgentemente percorrido.

Felisbela Lopes

Teresa Ruão

Sandra Marinho

Zara Pinto Coelho

Luciana Fernandes

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