Iniciativa “Verão com Ciência” tem duas escolas de verão no âmbito do projeto

Em resposta à pandemia de COVID-19, foi criado o concurso “Verão Com Ciência” através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a Direção Geral do Ensino Superior (DGES) para apoio especial a Escolas de Verão em Politécnicos e Universidades. As atividades são no âmbito do desenvolvimento de soluções inovadoras associadas ao Programa de Estabilização Económica e Social (PEES). Dois projetos enviados por investigadores do projeto Cultures Past & Present foram contemplados: Áfricas: mobilidade, violência, memória e criatividade, coordenado pelo professor João Sarmento, e Comunicação e Cultura para o Desenvolvimento, coordenado pela investigadora Lurdes Macedo, ambos do Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade (CECS/UMinho).

Este apoio, financiado pela FCT e pela DGES, oferece bolsas e planos de formação integradas de I&D para incentivar atividades presenciais de estudantes, docentes e investigadores. No total são 25 estudantes selecionados para bolsa de investigação com atividades até outubro.

Escola de verão Áfricas: mobilidade, violência, memória e criatividade

Áfricas pretende dinamizar um olhar multidisciplinar a partir das ciências sociais, humanas e artes para, sobre e do continente africano, e dar formação específica sobre este território. Os objetivos são o da capacitação dos estudantes para o pensamento crítico, e de estratégias, métodos, objetos e temas de investigação. Desenvolvem-se conhecimentos e competências que permitam a concepção e o prosseguimento de um projeto autónomo de investigação, permitindo que os candidatos adquiram aptidões de pesquisa, de análise, de interpretação e de crítica de fontes, nesta fase sobretudo provenientes de arquivos digitais e de recursos presentes na universidade e no centro de investigação. O curso de formação tem três blocos realizados nos meses de julho, agosto e setembro. Mais informações, aqui.

Escola de Verão em Comunicação e Cultura para o Desenvolvimento

A problematização das funções sociais da comunicação e da cultura num mundo pós-industrial constituirá terreno fértil para uma reflexão mais aprofundada sobre as práticas empreendidas em projetos de planeamento estratégico para o desenvolvimento. Podendo ser utilizadas a diversos níveis nestes contextos, a comunicação e a cultura são tidas em conta, a maior parte das vezes, mais pela sua natureza instrumental do que pela sua natureza transformadora face aos processos de intervenção e aos objetivos de mudança. O mesmo é dizer que os efeitos da persuasão são largamente mais explorados do que as virtudes da capacitação, quando se planeiam as funções sociais da comunicação e da cultura em projetos de desenvolvimento. Com efeito, tanto a Norte quanto a Sul, são privilegiadas grandes campanhas de comunicação e de programação cultural com objetivos persuasivos junto a comunidades tradicionais ou excluídas dos circuitos de comunicação e de poder, com vista à sua mudança comportamental, em detrimento da utilização de técnicas participativas capazes de envolver e de comprometer essas comunidades na construção do seu próprio futuro. Experiências e reflexões críticas sobre este tipo de intervenções serão partilhadas por vários dos formadores dos seminários desta Escola de Verão.