Março de 2003
05 – De acordo com o 24 Horas, a Vodafone começou a disponibilizar alguns programas de televisão (como por exemplo ‘Os Malucos do Riso’ e os noticiários da SIC e TVI) e imagens de trânsito através de telemóvel. O serviço está disponível apenas para alguns equipamentos telefónicos, e o tarifário definitivo será divulgado apenas em Abril.
08 – Têm início as emissões do canal de cabo SIC Mulher, em Lisboa e Porto, comemorando o Dia Internacional da Mulher. As emissões para o resto do país estão previstas para dez dias mais tarde.
13 – A Anacom decide propor ao Ministério da Economia a revogação da licença, concedida ao consórcio liderado por João Pereira Coutinho, para a exploração da TDT. O pedido é proveniente do próprio consórcio (PTDT) devido à alegada dificuldade de obtenção dos equipamentos terminais. A licença previa o início da exploração até 31 de Agosto de 2002, embora posteriormente tivesse havido um adiamento para 1 de Março de 2003.
15 – Um estudo da Marktest, citado pelo Expresso, revela que o Correio da Manhã foi o jornal diário que mais receitas publicitárias recebeu durante 2002. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, ficaram colocados o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias.
17 – O grupo Impresa anuncia os resultados respeitantes a 2002, revelando um prejuízo de 27,9 milhões de euros. A diminuição das receitas publicitárias é apontada como a principal causa para a quebra dos resultados. Para 2003, a administração do grupo prevê um retorno aos lucros.
20 – Tem início a guerra no Iraque (às 02h32, hora de Lisboa). O jornalista Carlos Fino, da RTP, está em directo nesse momento e é o primeiro jornalista, a nível mundial, a noticiar o início do conflito. Segundo o Correio da Manhã, as imagens são compradas por estações como a TV Globo, a CNN e a BBC.
27 – Dados da Marktest referidos pelo Público revelam que desde o início da guerra no Iraque os programas de informação na RTP1 têm tido mais audiência que os de entretenimento.
27 – Dados da Anacom estudados pela Marktest e referidos pelo Jornal de Notícias indicam que o número de assinantes de televisão por cabo aumentou 12% entre 2001 e 2002.
Internacional
09 – O jornal norte-americano New York Times toma posição contra um eventual cenário de intervenção militar contra o Iraque sem um apoio internacional. A manchete do jornal britânico The Independent deste dia é: “Não em nosso nome, Mr. Blair”.
10 – Um estudo do instituto alemão Gewis revela que 88% dos espectadores alemães não compreendem a totalidade das palavras utilizadas nos telejornais a que assistem.
14 – Segundo uma notícia do Público, o Supremo Tribunal alemão apoiou o direito das autoridades de fazerem escutas telefónicas a jornalistas quando estes estejam em contacto com interlocutores acusados de crimes graves.
18 – Um artigo do Público refere os preparativos que estão a ser efectuados pelas grandes cadeias de televisão dos EUA para “mostrar a guerra em directo”, por exemplo através da integração (“embedment”) de jornalistas em unidades militares colocadas no Iraque. Um outro artigo retrata a cobertura da crise no Golfo por parte da Al-Jazira.
25 - De acordo com um estudo divulgado pela Eurodata TV Worldwide, no MIPTV (Mercado Internacional de Programas), em Cannes, e citado pelo Público, o consumo de televisão aumentou em 2002. Em média, os espectadores dos 72 países analisados passaram três horas e 24 minutos por dia em frente à televisão, mais três minutos do que em 2001. Os programas mais vistos são telenovelas, séries, sitcoms, telefilmes e programas de entretenimento.
27 – A MTV Europe lança um memorando interno de censura a determinadas músicas e vídeos que contenham menções bélicas. A BBC e outras rádios britânicas também adoptam directivas em relação às músicas a passar.
28 – Dados do Com-Score Media divulgados pelo Público revelam que, desde o início da guerra no Iraque, as edições online de jornais e os sites noticiosos registaram aumentos acentuados de audiência. As subidas nas audiências dos principais sites informativos oscilaram entre 30 e 218%.
31 – O jornalista Peter Arnett é despedido da estação televisiva NBC, depois de ter dito, em entrevista à televisão estatal iraquiana, que o plano de guerra inicial dos EUA tinha falhado.