Agosto de 2002

01 – De acordo com a Marktest, o mês de Julho foi frutífero para a SIC que reforçou a sua liderança nas audiências televisivas, obtendo um share de 33,7%. No mesmo período, a TVI travou a quebra de audiência que registava desde Fevereiro, garantindo o segundo lugar do ranking com 28,5%.

01 – A AACS condena o jornal Público por não ter publicado no prazo legalmente estabelecido um exercício do direito de resposta de Rui Rio, presidente da CM do Porto

06 – A Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação divulga dados que confirmam a tendência de quebra do mercado publicitário durante o terceiro trimestre de 2002.

23 – Emídio Rangel assegura que não assinou qualquer acordo com a estação pública para confirmar a sua saída e que não prescinde da indemnização prevista no seu contrato.

25 – O governo adia para Fevereiro de 2003 o arranque das emissões da TDT, acedendo ao pedido de adiamento por um ano feito pela Plataforma de Televisão Digital Portuguesa. O adiamento surge na sequência dos atrasos na definição e testes de um padrão europeu para as set top boxes.

27 – A promoção da telenovela “O Olhar da Serpente” da SIC dá origem a várias confusões e coloca a Polícia Judiciária no encalço de uma personagem da ficção.

29 – O presidente do ICAM revela que as estações de televisão, pública e privadas, acumulam uma dívida de 12,5 milhões de euros, referentes à taxa de publicidade transmitida. O atraso nos pagamentos provoca a maior crise financeira no instituto desde 1995.

30 – Emídio Rangel sai da direcção-geral da RTP, abandonando a estação depois de ter acordado a rescisão amigável do seu contrato. Rangel descarta, porém, a possibilidade de transitar para a área de audiovisual da Portugal Telecom.

Internacional

01 – O grupo israelita aceita a proposta dos três operadores nacionais de cabo de retirarem a CNN do seu sistema, que, alegadamente, acarreta custos incomportáveis. Por seu lado, a CNN denuncia a decisão como um mero julgamento de cariz político, nomeadamente no que concerne à informação transmitida sobre o conflito israelo-palestiniano.

18 – Entram em greve os 1200 jornalistas da radiotelevisão pública da Dinamarca, em protesto contra o contrato colectivo de trabalho, cujas condições consideram insuficientes ao nível salarial. A paralisação afecta os boletins informativos, os telejornais e os programas de actualidade dos quatro canais de rádio e dos dois canais de televisão do Estado.

19 – A organização “Human Rights Watch” critica o Yahoo, acusando o portal de participar numa carta de princípios estabelecida pelo governo chinês para regulamentar o acesso à Internet. O maior portal do mundo abre a polémica do controlo de conteúdos, uma vez que se comprometeu a aceitar a censura no seu serviço na China, limitando o acesso a conteúdos considerados politicamente perigosos.

23 – A Federação Internacional de Jornalistas denuncia a condenação por oito meses de um jornalista tunisino, considerada uma violação flagrante dos direitos humanos. A Federação revela que as violações dos direitos dos jornalistas cometidas pelo governo da Tunísia são constantes.

25 – A CNN adopta uma política de transparência nos programas de informação de saúde, decidindo tornar públicas as ligações dos seus convidados às empresas farmacêuticas. O objectivo é evitar a promoção de medicamentos que, segundo a TV norte-americana, se tornou numa nova forma de publicidade encapotada.

26 – O principal sindicato de jornalistas palestinianos decide interditar a captação de imagens de crianças armadas ou vestidas com uniformes militares, bom como de manifestantes encapuçados. O objectivo é proteger os Direitos da Criança, bem como a representação da Palestina no espaço mediático internacional.