A (Re)Organização da Comunicação Interna a Partir de Processos Participativos
Resumo
A pandemia COVID-19 trouxe muitas mudanças em nossas vidas e também nas organizações. A partir do regime de trabalho remoto, com o confinamento, embaralhamos definitivamente o público e o privado em nossas casas, as escolhas passaram a não estar somente em benefício de alguns, mas a nível de toda a sociedade, e tivemos que lidar com informações globalmente dispersas entre os múltiplos atores. Nesse cenário, que foi interconectado por dispositivos tecnológicos, as relações participativas nas organizações mostraram-se essenciais. Neste estudo, fazemos uma revisão histórica e conceitual da comunicação interna e problematizamo-la nas organizações contemporâneas, a partir da premissa de que qualquer processo comunicacional necessita de equilíbrio pela participação. Entendendo a participação como uma efetiva redistribuição de poder, propomos uma (re)organização da comunicação interna que permita a construção de espaços sociais, interativos, de partilha, de responsabilidades, de planeamentos e tomada de decisões. Assim, a comunicação interna é percebida no estudo como uma construção simbólica de significados, envolvendo todos os colaboradores, em todos os níveis, por meio da criação de um ambiente de trabalho como um espaço social, integrativo. Ressalta-se ainda que é preciso que profissionais de comunicação reconheçam sua capacidade e responsabilidade de funcionar como agentes de mudança nos locais de trabalho, observem as estruturas e experiências proporcionadas pelas novas tecnologias de comunicação e ajudem a criar um ambiente organizacional que proporcione a participação dos colaboradores de forma ativa.
Palavras-chave
comunicação interna; organizações; participação; COVID-19; espaços sociais
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho