“Gugu-dadá” e outros sons: o ecossistema sonoro do bebé em isolamento acústico

Teresa Costa Alves

Resumo


Em tempos de isolamento social, o subsequente isolamento acústico que naturalmente se impôs aumentou o tempo e a predisposição da maioria de nós para a escuta. Esta proposta de análise reflexiva baseia-se numa experiência tão pessoal quanto universal. Quando a vivência da quarentena se sobrepõe à da maternidade, a atenção perante os primeiros sons do bebé é redobrada. Esta é, portanto, uma proposta reflexiva sobre esse processo de aprendizagem através do som, tão individual e íntimo quanto o processo de escuta, tão universal e genérico quanto a própria existência humana. Neste artigo, observar-se-á o som como a primeira forma de comunicação da espécie humana, nomeadamente através do choro, do grito e do riso, elementos sonoros por excelência. Seguir-se-á uma reflexão sobre o som como descoberta de quem fomos, num tempo do qual não temos memória ativa, apenas passiva. Por fim, desenvolver-se-á uma proposta para um arquivo sonoro da infância, numa tentativa de complementar a memória documental dos álbuns de fotografias de bebé com os principais sons da infância.

Palavras-chave


som; estímulos sonoros; linguagem; ecossistema sonoro; comunicação do bebé

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho