Negociação de conflitos em organizações públicas: contribuição da comunicação não-violenta

Marialva Tomio, Vanessa Fraga

Resumo


Negociar é buscar um relacionamento duradouro e positivo, visando acordos de parceria (Lewicki, Barry & Saunders, 2007). Um conflito – qualquer conflito – não é indesejável nem perigoso (Barter, 2011). O perigo não reside no conflito em si, mas na ignorância ou tentativa de repressão. Faz sentido abordar o conflito através do diálogo e não através de punição ou julgamento. Neste contexto, a comunicação não-violenta – CNV, ajuda a reformular a maneira pela qual se expressa e se ouve durante um diálogo de negociação por meio, principalmente, da empatia (Rosenberg, 2006). Em organizações públicas – OP, os conflitos sugerem que a negociação geralmente, envolve os stakeholders em diálogos sobre a operacionalização do trabalho, delegação de atividades, entendimentos quanto às normatizações dos benefícios, atendimento ao público, entre outros.
A intenção deste ensaio teórico é apresentar uma revisão que aborde a temática da negociação em OP, oportunizando uma reflexão conjunta para a solução de questões, a partir da comunicação empática. A hipótese é que a negociação deve buscar o equilíbrio entre transparência e proteção da confidencialidade dos diálogos. O método busca o entendimento intersubjetivo do conflito, reconhecendo como êxito da mediação até mesmo o processo que tenha sido concluído sem ajuste, desde que tenha perpassado pelo diálogo entre os participantes (Habermas, 1984). Neste sentido, a contribuição da CNV se refere a redefinição da relação conflituosa ao invés da simples busca de elementos para a sua resolução. Envolve uma reflexão autoresponsável usando habilidades de comunicação empática.

Palavras-chave


Negociação; conflitos; comunicação não-violenta

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho