A narrativa como sabotagem - formas alternativas de construção narrativa

Jorge Palinhos

Resumo


A forma da narrativa é um dos temas mais discutidos da atualidade em termos de storytelling, existindo obras e autores praticamente canónicos, como Syd Field, Robert McKee, Christopher Vogler, Blake Snyder, que defendem que existe uma forma mais correta ou efcaz de criar uma narrativa visual. Mais recentemente, a abordagem cognitiva e evolutiva das histórias tem também reforçado a ideia de que existe um modelo ideal de histórias, com Jonathan Gottschall a afirmar que “Stories resist reinvention” (2013). Na minha comunicação proponho-me analisar a ideia da existência de um modelo ideal da narrativa que será proveniente da Antiguidade Clássica, problematizando a sua aceitação até ao início do século XX, nomeadamente com os estruturalistas como Claude Lévi-Strauss e Vladimir Propp, e as versões de grande aceitação nos Estudos Fílmicos, como o modelo dos Três Atos, de Syd Field, nos anos 90, A Viagem do Herói, de Christopher Vogler, nos anos 2000, o Archplot, de Robert McKee, e recentemente o Save the Cat, de Blake Snyder. Todas estas propostas se assemelham, mas também todas divergem, além de serem alvo de críticas e dificilmente abrangerem alguns dos criadores mais interessantes e influentes da sua época.

Palavras-chave


Narrativa; Aristóteles; estrutura narrativa; Syd Field; Modelo dos Três Atos

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho